INDÚSTRIA 4.0 COM PESSOAS 0.4? EPISÓDIO O PIANISTA DE CINEMA?
Um dos temas que mais tenho visto assombrar os profissionais de mercado, sejam iniciantes ou experientes, é de como esta nova revolução industrial afetará os nossos empregos no futuro. Não raro encontrar muitos falando negativamente em relação à extinção de pg slot profissões e mudanças perturbadoras nos empregos do futuro: Nenhuma novidade aí! E isso é bom.
Ainda ontem em uma conversa com um senhor experiente, este me relatou sobre quando não havia energia elétrica em sua casa, quando menino, e que a geladeira era uma caixa de madeira. Havia um espaço na parte de cima da caixa, para colocar gelo, que era entregue todos os dias por um caminhão que trazia de Porto Alegre, a duas horas de viagem de sua cidade. Perguntei: “Mas era um caminhão com isolamento térmico?”, “Claro que não, pois ele tinha que trazer outras coisas além de gelo”. Não era um processo muito eficiente. Vale lembrar que esta história se passou por volta de 1950- 1960 e que a geladeira foi inventada em 1856 (Wikipedia). Ponto final da história foi que, em poucos anos a energia elétrica chegou à sua cidade e acabou com a história do gelo.
E o que aconteceu com o motorista do caminhão que praticamente vivia disso?
O que aconteceu com a fábrica de velas da cidade? O que aconteceu com os acendedores de poste de iluminação pública?
O mesmo que aconteceu com o pianista de cinema ou com os operadores de telégrafo em épocas anteriores: Tiveram que se adaptar.
Um século antes dessa história, Charles Darwin com sua teoria da evolução das espécies observou que na natureza não é o mais forte, mas o mais adaptável às mudanças que sobrevive. Perceba que se pensarmos a nível celular, em termos de mecanismo de defesa do nosso corpo, funciona assim também: Nós temos nosso sistema de defesa composto por hemácias, glóbulos brancos e outras células que tem a função de defender nosso organismo de ameaças constituídas por bactérias, fungos, vírus,… Acontece que, se os vírus e bactérias não se transformarem, nossas células os matariam instantaneamente, e então não haveriam mais doenças causadas por estes agentes, então eles se adaptam! E o que acontece com aquelas células que matavam de forma tão eficiente aquela versão anterior de vírus (3.0)? O mesmo que aconteceu com o pianista de cinema: Só que neste caso: Se adapte ou morra!
Então, como eu posso me adaptar à esta nova condição de trabalho? Nunca tivemos tanta informação disponível, de forma tão acessível, tão barata a tanta gente. O problema disso é que se me derem um quebra cabeça de 8000 peças para eu montar sem me dar a foto do todo, terei extrema dificuldade em montá-lo, isso se não desistir no meio do processo. Então o que falta é estruturar toda esta informação, ou melhor, saber como estruturar o que temos disponível. Existem disponíveis para compra imediata pela internet, com acesso imediato, cursos de praticamente tudo o que você quiser aprender, IMEDIATAMENTE. As pessoas compram, veem o primeiro e o segundo vídeo, deixam o terceiro para amanhã, e semana que vem não acessam mais; em um mecanismo semelhante àquele de começar a academia na segunda-feira, só que aqui adaptado ao mundo virtual.
Quem sabe uma grande forma de se adaptar ao contexto atual seja como usar, adaptar e aproveitar de forma prática toda essa informação abundante? Aqui entram os “Machine Learners” dizendo: Para isso fazemos nossos algoritmos: “Excelente”, porém,
me refiro à um contexto mais amplo que algoritmos em máquinas, me refiro ao que vem antes do algoritmo: O interesse.
Para se adaptar, é necessário querer se adaptar. Tem um valor diferenciado o profissional que tem interesse genuíno pelo que faz. E o interesse vem com o conhecimento. A pessoa que não tem conhecimento sobre algum assunto tem zero interesse sobre ele, por exemplo: ao visitar o museu MADI em Sobral no Ceará um amigo perguntou a pessoa da limpeza o que significa MADI, prontamente ela responde que só é a faxineira e que trabalhava lá a ‘apenas’ 5 anos: Zero conhecimento, ZERO interesse no assunto.
O interesse é que nos torna curiosos, e a curiosidade impulsiona o raciocínio e o aumento de conhecimento, e para usar este novo conhecimento precisamos estruturá-lo e adaptá-lo para nossas empresas, serviços, escolas, e sociedade em geral.
“A cura para o tédio é a curiosidade. Não existe cura para a curiosidade”
dizia Dorothy Parker, dramaturga americana. Nunca lamentei por ter feito a próxima pergunta, apenas por não ter feito. Estamos entrando na era do raciocínio, junção de ideias, conhecimento disponível quase sem limites e, saber viver nesse meio é o que vai fazer o profissional do futuro melhorar sua capacidade de se adaptar ao novo, lógico nunca se esquecendo do básico: gerenciamento, comprometimento, empatia…
Está tudo aí em nossa frente, mas primeiro precisamos querer aprender, entender por que utilizar todos tipos de ferramentas disponíveis, para que utilizar e como criar situações para minha necessidade, se é que é uma necessidade? Como vou saber? Pense
Está só começando e será bem interessante para quem estiver adaptado, como sempre!
Nos próximos artigos irei explorar um pouco COMO fazer esta estruturação para adaptação através de alguns elementos que tenho explorado ao longo dos últimos anos como profissional em otimização em produtos e processos. Se tiver interesse, acompanhe!
Apenas para encerrar segue uma frase para reflexão “Penso que há talvez no mundo um mercado para 5 computadores” – Thomas Watson, presidente da IBM, 1943
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